Resenha Histórica

A freguesia da Pelariga tem como orago São João Baptista, cuja festividade se celebra em 24 de Junho.
 
A freguesia da Pelariga foi até 1620 uma coutada de caça dos alcaides-mor de Pombal.
 
Foi criada por anexação da Freguesia de São Martinho (Pombal), em 10 de Março de 1817, recebendo ainda dois lugares que pertenciam á Freguesia de Almagreira (Meires) e á Freguesia da Redinha (Tinto de Baixo).
 
A sua criação ficou a dever-se á pressão exercida pelo Barão da Venda da Cruz, João Fioro de Miguéis Carvalho e brito, embaixador português em Roma e natural de Venda da Cruz.
 
Foi então instituída a Junta da Paróquia da Pelariga, tendo como presidente o pároco Raimundo José Dias da Silva, cuja primeira reunião teve lugar no dia 29 de Julho de 1847.
 
O topónimo pelariga tem o seu étimo no latim pelagus que em português deu pélago.
 
 Um pélago pode ser um mar, um lago, um rio caudaloso. Ora a constituição do solo da Pelariga e os seus acidentes orológicos levam-nos a acreditar que há milhares de anos ali existiu uma toalha de água que foi diminuindo até secar deixando um terreno fértil, húmido em certas zonas, arenoso noutras. 
 
A partir de pelagus (Iat) formou-se o diminutivo pelarica ou pelarititia que por fenómenos de transformação fonética desembocaram em pelariga, Pelariga. Pelarica - a consoante gutural explosiva -c- transformou-se na consoante branda sonora -g- e assim temos Pelariga. Pelarititia - dá-se a queda do -t- intervocálico. Ficamos pois com - pelariitia; em seguida verifica-se a crase do -i- e chegamos a - pelaritia.